Nas últimas semanas o mundo se viu diante de uma possível invasão russa à Ucrânia. Apesar da tensão entre os dois países, houveram retiradas de tropas e tanques em suas fronteiras. O conflito tem como base a expansão da influência da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre os países do Leste Europeu, o que vai de encontro com os interesses da Rússia.

 

Mas no dia 24 de fevereiro, em um pronunciamento televisionado, Vladimir Putin anunciou o início da operação militar em Donbass, leste da Ucrânia. Desde então, os relatos de ataques à infraestrutura ucraniana não param de crescer.  

 

Putin afirma que seu objetivo principal não é ocupar a Ucrânia, e sim desmilitarizar e “desnazificar” o país; muito por conta da deposição do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovych, em 2014, que era grande aliado e correspondente russo. Além disso, Putin nunca esteve de acordo com a aproximação ucraniana às organizações ocidentais, como  a OTAN e a própria União Europeia, alegando que essa aproximação ameaça o futuro histórico da Rússia como nação. Em 2008, a OTAN fez um acordo para anexar a Ucrânia e a Geórgia, vizinhos territoriais da Rússia, ao grupo de países do tratado. O governo russo considerou o movimento inaceitável e desde então procura formas de combater a aproximação. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky rejeita todas as acusações feitas pelo governo russo, tendo solicitado ajuda à OTAN para se defender do confronto bélico, e afirma que a investida de Putin é uma ameaça à paz europeia.

 

Tanto a União Europeia quanto os Estados Unidos se posicionaram de maneira contrária à Rússia, mas apesar de emitirem sanções, negaram o envio de tropas à Ucrânia. A OTAN, por outro lado, prometeu enviar tropas por mar, terra e ar. Para o embaixador brasileiro na ONU, Ronaldo Costa Filho, o Brasil tentará atrair as partes para a negociação, não conflito. Já Celso Amorim, ex-ministro de Defesa e Relações Internacionais, acredita não haver a ameaça de uma 3ª guerra mundial, já que “há muito em jogo”.

 

Para saber mais sobre o conflito, ouça a parte um do nosso episódio publicado ontem 🎧

 

Fontes: CNN, Brasil de Fato, BBC, UOL

 

Texto: Eduarda Vieira e Laura Goularte