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O caso dos Yanomami

Na última semana um caso emblemático tem percorrido a internet: o movimento “Cadê os Yanomami?” têm cobrado as autoridades federais sobre a violência cometida por garimpeiros contra a comunidade indígena dos Yanomami.

 

Na sexta-feira (29), o presidente do o Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari, denunciou o incêndio na aldeia de Aracaçá, em Roraima, e o desaparecimento dos membros da comunidade. Além disso, a presença de garimpeiros no local seria responsável pelo estupro e morte de uma menina de 12 anos, seguido do afogamento de uma criança de 3 anos e o desaparecimento de outra jovem, segundo Hekurari. Algumas lideranças apontam para a prática entre a etnia de queimar e evacuar o local quando um parente morre.

 

O acontecimento não é um caso isolado: um relatório elaborado pela Hutukara Associação Yanomami (Hay) no dia 11 de abril apontou para a oferta de comida pelos garimpeiros em troca de serviços sexuais de meninas e mulheres Yanomami, que também seriam alcoolizadas.

 

A presença e atuação de garimpeiros em terras Yanomami é conhecida desde 1980, devido a sua riqueza em ouro. A atividade de garimpo é responsável tanto pelo desmatamento quanto pela contaminação da água por mercúrio, pela disseminação de doenças e desnutrição. Em 2016, um estudo do Instituto Socioambiental chegou a apontar para altos níveis de mercúrio no sangue em 92% dos habitantes de Aracaçá. 

 

Na última sexta-feira (6) Hekurari confirmou que os indígenas desaparecidos foram encontrados longe do território, mas sem informar o lugar. Além disso, alguns estavam acompanhados de garimpeiros.

 

Fontes: IstoÉ, G1, Meon, BBC Brasil, Folha de S. Paulo, Estado de Minas, Terra.

 

Texto por Eduarda Vieira

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